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14.11.2017 - 15:06 Por Elisa Calmon

COMBATE AO CÂNCER: FÓRUM E FRENTE PARLAMENTAR DISCUTEM ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO

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  • Por Rafael Wallace
    seminário promovido pelo Fórum de Desenvolvimento da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em parceria com a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer
  • Por Rafael Wallace
    Seminário promovido pelo Fórum de Desenvolvimento da Alerj em parceria com a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer
  • Por Rafael Wallace
    A diretora executiva da Aliança de Controle do Tabagismo, Paula Johns, durante o seminário promovido pelo Fórum de Desenvolvimento da Alerj em parceria com a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer
  • Por Rafael Wallace
    Ricardo Brandão, doutor em Educação Física pela Stanford University School of Medicine

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 90% dos casos de câncer de pulmão no país são causados pelo uso de derivados do tabaco. O aumento do preço do produto e a elaboração de políticas públicas antitabagismo são essenciais para diminuir o número de fumantes no país, segundo a diretora executiva da Aliança de Controle do Tabagismo, Paula Johns. A especialista participou nesta terça-feira (14/11) de um seminário promovido pelo Fórum de Desenvolvimento da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em parceria com a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer da Casa.

Para Paula Johns, a elevação do custo do cigarro é uma maneira efetiva de combater o vício. Ela defende, ainda, que a estratégia é uma maneira efetiva e justa de gerar receita para o estado, já que o governo gasta R$ 57 bilhões por ano com os efeitos do cigarro. “O aumento de 10% no preço do produto representa uma queda de 8% no consumo. Diante da crise que estamos vivendo, a indústria do tabaco é um lugar legítimo para levantar impostos”, explicou a especialista durante o seminário “Prevenção, qualidade de vida e sustentabilidade na agenda das políticas públicas”.

A deputada Ana Paula Rechuan (PMDB), presidente da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer da Alerj, também defendeu a importância de discutir o aumento da taxação do cigarro. “Além de desestimular o fumo e aumentar a arrecadação, esse imposto poderia ser revertido positivamente para a população. Essa verba seria destinada a estratégias de prevenção e tratamento de doenças causadas pelo tabagismo”, disse Rechuan.

Importância da atividade física

Depois do cigarro, a inatividade física é o fator de risco mutável que mais mata no mundo, fazendo 5,3 milhões de vítimas anuais. O sedentarismo pode causar diversas doenças, dentre elas, o câncer. De acordo com Ricardo Brandão, doutor em Educação Física pela Stanford University School of Medicine, a literatura científica já comprovou a relação direta entre a falta de exercício e alguns tipos de câncer, como o de colo do útero e de mama.

“A atividade física previne o surgimento de algumas formas da doença. Além disso, pode ser um excelente ator coadjuvante no enfrentamento ao câncer. Durante o processo de radioterapia e quimioterapia, por exemplo, ela pode ajudar a reduzir os sintomas”, disse.

Alimentação balanceada

Mónica Guerra Rocha, fundadora da iniciativa Comida do Amanhã, destacou, ainda, que uma alimentação balanceada também é uma estratégia eficiente para prevenir a doença. Para isso, ela sugere uma alteração no modelo de cesta básica, levando em consideração dois aspectos: o valor nutricional dos alimentos e também o respeito à biodiversidade da produção agrícola brasileira.

“A cesta básica atual é o modelo dos anos 70, e contém açúcar refinado e farinha branca, por exemplo. Além disso, não respeita as individualidades de cada parte do país. Atualizar esses alimentos pode causar um impacto significativo nos hábitos alimentares da população brasileira”, defendeu Mónica.

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