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24.05.2018 - 14:32 Por Elisa Calmon

CORONÉIS DOS BOMBEIROS AFIRMAM QUE NÃO TINHAM CIÊNCIA SOBRE ESQUEMA DE ALVARÁS

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  • Por Rafael Wallace
    CPI dos Bombeiros
  • Por Rafael Wallace
    O ex-comandante do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CMBERJ), Jorge de Alcântara
  • Por Rafael Wallace
    A presidente da CPI dos Bombeiros, deputada MArtha Rocha (PDT)
  • Por Rafael Wallace
    Deputado Tio Carlos (SD)
  • Por Rafael Wallace
    O deputado Paulo Ramos (PDT)

O ex-comandante e o ex-diretor de serviços técnicos do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CMBERJ), respectivamente Jorge de Alcântara e Marco Antônio Filho, afirmaram que não tinham conhecimento da concessão indevida de alvarás pela instituição. Os dois ocupavam os cargos na época da deflagração da Operação Ingenium, realizada em setembro de 2017, que prendeu 30 praças e oficiais suspeitos de participar do esquema. Os coronéis foram ouvidos nesta quinta-feira (24/05) pela CPI da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) destinada a investigar cobranças de propina para a expedição de alvarás.

“Essa estrutura não chegou aos meus ouvidos em nenhum momento. Eu só tomei conhecimento da situação pela mídia no dia da deflagração da operação”, afirmou Jorge de Alcântara sobre o esquema de propinas para a liberação de alvarás. Marco Antônio Filho, que atualmente é diretor executivo do Fundo Especial dos Bombeiros, também negou ter conhecimento sobre o caso. “A notícia me causou perplexidade, porque, para mim, eram pessoas capacitadas que estavam acima de qualquer suspeita”, disse. Ele informou que, enquanto ocupava o cargo, recebeu quatro denúncias de condutas ilegais, mas as queixas, que encaminhou aos órgãos correcionais da instituição, não eram ligadas ao caso.

A deputada Martha Rocha (PDT), presidente da CPI, destacou o número de presos. “Foram 39 pessoas elencadas no processo e 30 presos. Isso indica que não se tratava de um incidente isolado, mas um esquema estruturado”, disse Martha Rocha. A parlamentar lembrou ainda que, entre os detidos, dois eram assessores diretos de José Alcântara. Entretanto, o ex-comandante refutou a informação. “A mídia foi covarde ao denominar essas pessoas como meus assessores diretos, insinuando uma eventual participação minha. Eles apenas trabalhavam fisicamente perto de mim”, argumentou.

Exoneração

A presidente da CPI também questionou o fato de Jorge de Alcântara ter pedido a exoneração no dia seguinte à operação. “O afastamento da função foi uma decisão minha. Eu optei por isso para não ter minha imagem associada ao ocorrido”, afirmou Alcântara. O coronel afirmou ainda que os fatos apurados pela Operação Ingenium não ocorreram durante a sua gestão, que durou de 2016 a 2017.

Para continuar a investigação e levantar mais informações sobre o suposto esquema, a CPI vai convocar os ex-diretores de serviço técnico da corporação que ocuparam o cargo no período analisado pelo inquérito do MPF. Os deputados Paulo Ramos (PDT), Tia Ju (PSC) e Tio Carlos (SDD) também participaram da reunião.

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