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28.09.2020 - 17:51 Por Eduardo Schmalter

SETEMBRO AZUL: COMISSÕES DA ALERJ DEBATEM CIDADANIA E ACESSIBILIDADE DE SURDOS

  • Por Reprodução da Internet

Pôr em prática as leis de acessibilidade que já existem seria um grande feito para a inclusão de surdos na sociedade. A conclusão de que falta fiscalização para exigir que regras como o uso de informações na Língua Brasileira de Sinais (Libras) sejam cumpridas surgiu no debate: “Setembro Azul: Identidade, Acessibilidade e Cidadania da Comunidade Surda”. O encontro virtual foi realizado, nesta segunda-feira (28/09) pelas comissões da Pessoa com Deficiência Física e de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na abertura, foi exibido um vídeo do Hino Nacional interpretado em Libras.

 

“Não é mais desculpa dizer que não há regulamentação. O Ministério do Trabalho já fez isso. Temos tudo para promover a acessibilidade”, disse o presidente da Associação de Tradutores, Intérpretes e Guia-Intérpretes de Línguas de Sinais do Estado do Rio de Janeiro (Agite-RJ), Lenildo Souza.

 

A deputada Rosane Félix (PSD), presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso, apresentou um levantamento de leis estaduais, aprovadas desde a década de 1990, que determinam atendimento em Libras em locais como hospitais e repartições públicas.

 

“É um sonho ter todos os lugares com atendimento em Libras, assim como ver a língua sendo ensinada nas escolas”, acrescentou.

Representando a comissão organizadora do evento Setembro Azul, Juan Guimarães ressaltou a importância da batalha por acessibilidade: “É uma luta de séculos das pessoas com deficiência. Setembro é um marco histórico. A fita azul lembra todo nosso sofrimento, passamos inclusive pelo holocausto durante a Segunda Guerra Mundial”.

 

Exemplo positivo de como essa integração pode ocorrer foi apresentado pelo educador do Museu do Amanhã, Bruno Baptista. Ele trabalha na instituição desde 2015 e falou sobre essa bem-sucedida experiência: “O trabalho que está sendo desenvolvido no museu é muito interessante. Em vez de os surdos chegarem ao museu e se sentirem completamente perdidos, fazemos um trabalho para que, com o uso de Libras, ocorra uma troca, uma interação. Os surdos se sentem inseridos”, contou.

 

Encerrando a audiência, a deputada Franciane Motta (MDB) destacou que a Alerj está sempre disponível para receber as demandas por inclusão: “Nossos gabinetes estão abertos às pessoas com deficiência. Precisamos fiscalizar e promover melhoria na vida dessas pessoas, que merecem igualmente aproveitar a vida, poder ir ao cinema ou praticar um esporte”.

 

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