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14.12.2018 - 16:13 Por Buanna Rosa

FUTEBOL FEMININO: GRUPO DE TRABALHO É CRIADO NA ALERJ PARA DEBATER O TEMA

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  • Por Julia Passos
  • Por Julia Passos

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), anunciou a criação de um grupo de trabalho para debater políticas de incentivo ao futebol feminino, durante audiência pública do colegiado, realizada nesta sexta-feira (14/12). O grupo de trabalho vai se reunir pela primeira vez na próxima segunda-feira (17/12), às 10h30, na sede da Federação de Futebol do Estado (FERJ). A comissão também vai propor a entrega da Medalha Tiradentes à atleta Marta, seis vezes eleita a melhor jogadora de futebol do mundo.

Atualmente, o Rio conta com 16 clubes filiados à Confederação Brasileira de Futebol, 12 a menos do que no Estado de São Paulo, com 28. Para a Enfermeira Rejane, ainda falta no Rio incentivo para todas as modalidades de futebol feminino, como campo, futsal e areia. “O grupo instalado terá o papel de cobrar novos avanços para a categoria, precisamos nos igualar a estados como São Paulo. O Rio está aquém do que está acontecendo no mundo e no Brasil”, afirmou a parlamentar.

Verba para categoria

Segundo a deputada, o grupo também irá cobrar do Executivo a aplicação dos recursos, previstos na Lei Orçamentária de 2019, para a categoria. “Apresentei emendas à Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, assim como outros deputados, para fomentar o esporte feminino no Rio. Conseguimos propor a destinação de uma verba superior a R$ 500 mil para a pasta”, registrou a parlamentar. O valor deverá ser administrado entre a Secretaria de Esporte e a Secretaria de Estado de Educação para a criação de torneios de futebol feminino nas escolas da rede estadual.

A representante da Comissão de Fomento ao Desenvolvimento do Futebol Feminino do Rio de Janeiro, Luciana Lopes, reforçou, durante o encontro, que atualmente, não há recursos destinados à categoria no Rio de Janeiro. Luciana também propôs aos representantes da CBF e da FERJ, que estavam presentes, a criação de novos campeonatos semelhantes à Taça das Favelas e prêmios com valores mais igualitários aos dos atletas masculinos.

Legislação

A presidente da comissão também lembrou da Lei 7.576/17, de sua autoria com o deputado Chiquinho da Mangueira (PSC), que tem como objetivo fomentar o futebol feminino no estado. No entanto, a Enfermeira Rejane antecipou que vai propor uma alteração na norma. “Quero dar a esta lei o nome: Mariza Pires - em homenagem a ex-jogadora da seleção brasileira de futebol feminino, semifinalista pelo Brasil nas Olimpíadas de 1996”, afirmou.

Para a ex-jogadora e representante do Sindicato dos Treinadores de Futebol Profissional do Estado do Rio de Janeiro (Sintrefutrj), Andrea Karl Fernandes, esta lei é o maior título que o futebol feminino já ganhou no estado. “A criação dessa norma foi um tremendo gol de placa. Os clubes têm dificuldade de fomentar o esporte e essa proposta vai ajudar nessa luta. Me orgulho de ser a única professora de futebol, concursada, da rede pública do estado. E espero que outras possam ocupar esses lugares, com o avanço de políticas públicas para a categoria”, concluiu Andrea.

 

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