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10.12.2019 - 17:09 Por Manuela Chaves

NÚMERO DE MÉDICOS QUE PRESTAM ASSISTÊNCIA À PMERJ É MENOS DA METADE DO PREVISTO EM LEI

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  • Por Octacílio Barbosa
    COMISSÃO DE SAÚDE
  • Por Octacilio Barbosa
    O deputado Capitão Nelson (AVANTE)
  • Por Octacílio Barbosa
    A deputada Martha Rocha (PDT)

Em um total de 850 médicos previstos por lei, apenas 388 profissionais têm prestado assistência aos servidores nas unidades da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), incluindo os policiais inativos. O levantamento da diretoria geral de saúde da PMERJ foi apresentado nesta terça-feira (10/12) durante audiência pública da Comissão de Saúde, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizada no Auditório Senador Nelson Carneiro, localizado no prédio anexo ao Palácio Tiradentes.

“Tendo esses profissionais, poderíamos melhorar a nossa assistência e implementar prevenção. Não tratamos apenas policiais baleados e acidentados em serviço. Cuidamos também dos que acabam sofrendo, no final da carreira, de doenças decorrentes do estresse contínuo e da falta de tempo para cuidar da própria saúde, como hipertensão, distúrbios nutricionais, problemas hormonais”, explicou o Tenente Coronel Enfermeiro Sérgio Araújo, da coordenação de recursos humanos da Diretoria Geral de Saúde.

A falta de médicos na corporação, que equivale a um déficit de 462 profissionais de saúde, está diretamente ligada ao tema central da audiência, que debateu sobre o projeto de lei 648/2019. O PL estabelece a obrigatoriedade de manter uma equipe multidisciplinar em cada batalhão da PM. Autor do projeto, o deputado Capitão Nelson (Avante), reforçou a necessidade de promover uma condição de vida melhor ao servidor: “A intenção é colocar psicólogo, professor de educação física, assistente social e enfermeiro à disposição de cada unidade da Polícia Militar, pois temos que cuidar da saúde física e mental do servidor”.

Presidente da comissão, a deputada Martha Rocha (PDT) ressaltou que o projeto de lei prevê a possibilidade de convênio e que o próprio batalhão pode articular parceria com instituições públicas ou privadas. “Em um município onde haja uma faculdade de psicologia, por exemplo, o comandante pode estabelecer uma interlocução com a universidade. Assim, os alunos poderiam atuar como estagiários supervisionados pela Polícia Militar”, salientou a parlamentar.

“Percebemos que saúde é algo muito mais amplo do que apenas atendimento médico. A PM conta com 92 psicólogos, mas há muito o que ser feito. Espero que o projeto do Capitão Nelson tenha efetividade e seja implantado, pois vai ser muito bom para o profissional. E quando cuidamos desse servidor, a gente oferece um serviço de melhor qualidade, e quem sai ganhando é a sociedade”, concluiu a deputada.

 

 

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