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21.08.2019 - 16:58 Por Gisele Araújo

ESTADO DO RIO GARANTE QUE DÉFICT DE VAGAS NA REDE EDUCACIONAL FOI RESOLVIDO PARA 2020

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  • Por Rafael Wallace
    Comissão de Educação
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    O secretário de Estado de Educação, Pedro Fernandes, durante audiência da Comissão de Educação
  • Por Rafael Wallace
    O vice-presidente da Comissão de Educação, deputado Waldeck Carneiro (PT)

Entre as medidas adotadas está a ampliação da infraestrutura das escolas, como a climatização das salas de aula, a compra de novos computadores e a contratação de nove mil professores.

O Secretário Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, anunciou que 157 novas turmas foram abertas este ano no estado, além da contratação de nove mil professores para contornar o problema de falta de vagas nas escolas da rede estadual de educação. A declaração ocorreu durante audiência pública da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que ouviu, nesta quarta-feira (21/08), o secretário para saber detalhes sobre as políticas públicas educacionais referente a 2019.

No início do ano, um total de 20 mil alunos ficaram fora da escola por falta de vagas nas escolas e o estado enfrentava um défict de 101 mil aulas que deixavam de ser dadas por falta de professores. Segundo o Secretário de Educação, a ampliação do atendimento nas matrículas é prioridade para a secretaria e que 45 novas escolas devem ser inauguradas até 2020. "Já suprimos toda a carência de vagas nas matrículas, é importante ressaltar que os dois primeiros meses são críticos, mas a gente vai poder fazer não só a inauguração de novas escolas, como também a ampliação de outras unidades educacionais para suprir a carência no estado”, revelou o secretário, que esclareceu ainda o problema da superlotação das turmas. “O número adequado que vamos trabalhar, para que nos próximos três anos possamos anexar isso em todo o estado, é no mínimo de 30 e no máximo de 38 alunos”, declarou.

Para o presidente da Comissão de Educação, deputado Flávio Serafini (Psol), abrir novas escolas é algo benéfico para garantir o acesso de todos à educação, mas que o governo precisa avançar para mensurar todas as demandas. “Hoje, temos dois problemas: o aluno que tem procurado a escola e não consegue a vaga, e o aluno que sequer procura a escola. Temos que buscar trazer para as escolas as criança e adolescente que desistirem da escola ou que tenham dificuldade de acesso, por distância ou problemas familiares. A construção de novas escolas resolve o primeiro problema, mas precisamos debater mais as outras condições junto às famílias”, disse o parlamentar.

A Secretaria de Educação apresentou dados em relação à infraestrutura das escolas do estado. Atualmente, apenas 4% das unidades são climatizadas. Pedro Fernandes afirmou que 24 mil aparelhos foram comprados e até ano que vem 100% das escolas terão ar-condicionado. A secretaria também anunciou a compra de 60 mil novos computadores, contemplando todas as escolas do estado. “Estamos fazendo todo o trabalho de comprar ar- condicionados, a maior compra da história do Brasil de aparelhos de uma vez só. Estamos comprando também novos computadores, a última compra tinha acontecido no ano de 2008. Iremos fornecer, depois de 10 anos, a distribuição de uniformes, para garantir a identidade com a escola e para a segurança de quem entra e sai das escolas”, relatou o secretário.

Valorização de Professores

Durante a audiência, representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (SEPE-RJ) destacaram que, além da melhoria da infraestrutura das escolas, é necessário também que as condições e valorização dos profissionais de educação, professores e pedagogos sejam melhoradas. Para a Diretora do SEPE Niterói, Rejane Machado, os profissionais precisam de dignidade salarial e a valorização ao tempo de trabalho.

“Não tem como em um momento em que os servidores estão há seis anos sem reajuste salarial, a gente pensar em retirar direitos. O plano de carreira da categoria é uma conquista de muitos anos de luta, a valorização do profissional pela sua formação e tempo de trabalho é fundamental. Não pensar apenas em ampliar a carga horária por Gratificação por Lotação Prioritária (GLP). O profissional hoje faz GLP, porque o salário deles está há seis anos sem reajuste, ele acaba fazendo isso como uma forma de aumento de renda. Não tem como ter um trabalho pedagógico melhor com um salário há seis anos congelado, com plano de carreira não pago em dia e com propostas inconstitucionais afetando direitos já conquistados”, afirmou.

 

 

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