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23.06.2017 - 13:00 Por Leon Lucius

PLANO ESTADUAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA É LANÇADO NO THEATRO MUNICIPAL

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  • Por Octacílio Barbosa
    Foto geral do evento
  • Por Octacílio Barbosa
    O deputado Waldeck Carneiro (PT)
  • Por Octacílio Barbosa
    Foto geral da reunião
  • Por Octacílio Barbosa
    O secretário municipal de cultura, André Lazaroni
  • Por Octacílio Barbosa
    O secretário de Estado de Trabalho e Renda, Milton Rattes

Nesta sexta-feira (23/6), o Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi palco do lançamento do Plano Estadual de Economia Solidária, fruto de uma parceria entre a Secretaria de Trabalho (Setrab) e a Frente Parlamentar em Defesa da Economia Popular e Solidária da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) . No encontro, trabalhadores cooperados e autoridades dos municípios fluminenses, do Governo do Estado e da União discutiram a importância do Plano, que tem como objetivo estabelecer políticas públicas para o desenvolvimento do setor.

A economia solidária é caracterizada como um conjunto de atividades de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão. Ou seja, os “donos dos negócios” são os próprios trabalhadores, que têm participação igualitária nos lucros anuais. O plano apresenta metas, diretrizes e propostas para a economia solidária nas seguintes áreas: finanças, agricultura familiar, artesanato, moda e decoração, reciclagem, pesca artesanal, comunidades tradicionais, serviços, alimentação, cultura, comunicação e comércio.

No estado do Rio de Janeiro este é um setor de extrema importância, formado por milhares de colaboradores, como apontou o presidente da Frente Parlamentar, deputado Waldeck Carneiro (PT). Ele destacou a criação de um Centro Público de Referência como uma das propostas mais importantes. Segundo o parlamentar, já há liberação de recurso federal para a construção do primeiro mercado público do Rio, que servirá como este centro. “Ele será fundamental para o escoamento da produção da economia solidária. Na verdade, a ideia é que, progressivamente, sejam criados centros regionais, de forma que o escoamento seja o mais garantido e ampliado possível”, declarou.

Para Waldeck, a economia solidária é uma alternativa ao sistema capitalista, marcado pela concentração do lucro e precarização do trabalhador. “Essa economia se baseia em princípios como coletivismo, associativismo, sustentabilidade e a prática do preço justo. O cidadão se emancipa pelo trabalho, não se aliena”, explicou.

Crise financeira

O secretário de Estado de Trabalho e Renda, Milton Rattes, apontou a importância do plano em momentos de crise financeira e recessão vividos pelo país e pelo estado do Rio. “Os postos de trabalho formais estão se perdendo e a economia solidária entra como um eixo de geração de renda importantíssimo para aquelas pessoas que conseguem gerar emprego, mas não têm trabalho formal”, declarou.

Outra proposta do texto é incluir a economia solidária como política permanente da Setrab, alterando, inclusive, a nomenclatura para “Secretaria de Estado de Trabalho, Renda e Economia Solidária”.

Autonomia e empoderamento

Segundo a agricultora Graça de Paula, integrante da Associação de Trabalhadores Rurais de Paracambi, a economia solidária trouxe mais autonomia para a área rural. “Antes, só tínhamos como vender os alimentos através das empresas, hoje podemos ir direto para a feira livre. A cidade tem uma lei que permite que os agricultores familiares passem por todas as praças de Paracambi”, contou.

Além disso, ela destacou que a economia solidária levou empoderamento à mulher do campo. “Uma vizinha minha, por exemplo, fazia artesanato, mas não vendia porque nem saía de casa. Hoje, ela vai pra feira e está envolvida com diversas pessoas. A economia solidária é a mais linda que tem”, comentou. Estiveram presentes os deputados Carlos Minc (sem partido), Dr. Deodalto (DEM) e Milton Rangel (DEM).

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