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24.05.2019 - 16:02 Por Nivea Souza

CPI DISCUTE PROBLEMAS NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA NA BAIXADA FLUMINENSE

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  • Por Suellen Lessa
    CPI da Energia Elétrica em Nova Iguaçu
  • Por Suellen Lessa
    CPI da Energia Elétrica em Nova Iguaçu
  • Por Suellen Lessa
    Deputada Zeidan Lula (PT) presidindo CPI da Energia Elétrica em Nova Iguaçu
  • Por Suellen Lessa
    Deputado André Ceciliano (PT) presente na CPI da Energia Elétrica em Nova Iguaçu
  • Por Suellen Lessa
    Deputado Max Lemos (MDB) presente na CPI da Energia Elétrica em Nova Iguaçu

Região tem apenas uma equipe de técnicos para cada 3.500 domicílios

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga as irregularidades das concessionárias de energia elétrica esteve nesta sexta-feira (24/05) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O município foi o mais afetado pela falta de luz causada por um temporal em abril, que deixou milhares de moradores sem luz. Recordista de ações judiciais, a Light afirmou durante a audiência pública que possui 310 equipes na Baixada Fluminense, o que significa apenas uma equipe para pouco mais de 3.500 domicílios.

Presente a audiência, o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), afirmou que a população da Baixada Fluminense precisa de mais atenção principalmente em relação a falta recorrente de energia elétrica e a cobrança de multas por meio do Termo de Ocorrência de Irregularidade (TOI). “Sabemos das dificuldades da Light mas precisamos ter atenção com o TOI. A empresa chega numa casa sem perícia e aplica o termo. Isso aconteceu em vários municípios da Baixada”, lembrou.

O parlamentar lembrou ainda que, se não houver acordo com as empresas ao final da CPI, a Assembleia poderá legislar em relação às distribuidoras de energia elétrica. “Espero que, ao final dessa CPI, nós possamos propor mudanças em parceria com as distribuidoras ou ainda de forma unilateral. Porque nós podemos legislar em relação às distribuidoras aqui no estado do Rio. Queremos melhorar o serviço para a população do Rio de Janeiro, principalmente aqui na Baixada Fluminense”, afirmou Ceciliano.

Reclamações

As reclamações e denúncias dos moradores de Nova Iguaçu foram ouvidas durante a audiência. Aline da Silva, de 19 anos, afirmou que depois do último temporal, ela ficou sem luz em sua residência por 48 horas. “Tentamos falar com a Light e nada. E ainda perdemos nossa geladeira porque queimou, perdemos comida porque estragou. Moro em Nova Iguaçu desde que nasci e a falta de luz sempre acontece aqui”, disse a moradora do bairro Parque Flora.

A presidente da CPI, deputada Zeidan Lula (PT) afirmou que vai cobrar junto ao governo uma fiscalização em cima das concessionárias de energia elétrica. “O que mais tem são reclamações por causa das multas. Os funcionários chegam de forma irregular acusando os moradores, sem perícia, de furto de energia elétrica. O relógio é retirado. Tem que haver fiscalização do governo. Temos que discutir a produção de energia alternativa como a éolica para diminuir a demanda de hidroelétrica e também aumentar a produção da energia solar.” A parlamentar disse ainda que CPI participará de uma audiência pública na câmara dos deputados em Brasília no dia 4 de junho.

A Light S/A afirmou durante a audiência pública que está investindo, desde 2017, R$ 50 milhões em melhorias para os clientes da Baixada Fluminense. Representantes afirmaram ainda que o maior problema enfrentado hoje pela concessionária é o furto de energia elétrica, sendo que 39% de todas as ocorrências deste tipo no Rio de Janeiro ocorrem na Baixada Fluminense. “O furto de energia elétrica é o grande problema da sociedade do Rio de Janeiro. Tanto a Light quanto a Enel sofrem do mesmo mal. Se não houvesse furto a população pagaria uma conta 15% mais barata”, disse o superintendente de disciplina de mercado da Light, Daniel Negreiros.

O relator da CPI, deputado Max Lemos (MDB) defende que a Light perca a concessão caso não seja feito um planejamento eficiente para resolução dos problemas. “Vamos fazer no relatório final um raio-x e apontar as soluções que julgamos necessárias. Se a Light não apresentar um planejamento iremos recomendar ao governo federal que a concessão não seja renovada", explicou.

No último dia 16, a CPI realizou uma audiência pública em Niterói, na Região Metropolitana. A Comissão ainda vai realizar, a partir de junho, audiências em Maricá, na Região Metropolitana, Quissamã, no Norte Fluminense, e Itaperuna, no Noroeste do estado.

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