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22.06.2017 - 16:00 Por Leon Lucius

COMISSÃO DEFENDE INTEGRAÇÃO ENTRE FORÇAS DE SEGURANÇA CONTRA O ROUBO DE CARGAS

  • Por Guilherme Cunha
    ALERJ DEBATE IMPACTO DO ROUBO DE CARGAS NO ESTADO PARA OS CORREIOS.

O aumento do roubo de cargas nas rodovias fluminenses vem prejudicando comerciantes e empresas, como os Correios, que tiveram um crescimento de 20% de casos de roubos a caminhões, comparando os cinco primeiros meses de 2017 e de 2016. Para coibir essa prática criminosa, o presidente da Comissão de Trabalho da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Ramos (PSol), defendeu que as forças de segurança estejam mais integradas e afirmou que a Casa irá se debruçar sobre o tema de maneira mais ampla. Nesta quinta-feira (22/6), a comissão realizou uma audiência pública para discutir a situação dos Correios com representantes das polícias Civil, Militar e Federal e da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg).

De acordo com o deputado Paulo Ramos, essa colaboração tem de ser contínua, sem se restringir aos momentos dos grandes eventos, por exemplo. “Nós percebemos a necessidade urgente da promoção desse encontro aqui na Alerj devido a importância da integração na troca de informações para a realização de operações. A falta de colaboração impede que essa troca seja rotineira e conjunta”, declarou. O deputado ainda afirmou que o Ministério Público e Poder Judiciário têm de ser incluídos nesse processo.

Centro Integrado

Uma das estruturas que ajudam nessa colaboração é o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Seseg, que, desde 2013, trabalha com o setor de estratégia e planejamento, de onde resultam operações concretas. De acordo com o coordenador do Centro, delegado Aldrin da Rocha, a iniciativa é composta por 15 instituições de segurança e mobilidade urbana da cidade do Rio, do estado e da União. Ele explicou que os Correios podem participar através do assento do Sindicato de Empresas de Transporte de Cargas (Sindcargas). “Nesse espaço, temos instituições vivendo e convivendo todo o dia. O Sindcargas unifica interesses, mas isso não inviabiliza um diálogo direto com os Correios”, disse.

Essa ação conjunta deverá se ater ao fato de que, segundo o delegado Marcelo Prudente, da Polícia Federal (PF), o roubo de cargas está intimamente associado ao tráfico de drogas e armas. Ele explicou que, no âmbito estadual, a Polícia Civil tem delegacias específicas para esses crimes e que a PF também se dedica ao tráfico de armas e aos roubos de cargas. “Tendo em vista que esses crimes são desenvolvidos pelos mesmos grupos, é importante que as instituições estejam integradas para que possamos fazer uma repressão uniforme”, explicou.

Cargas dos Correios roubadas

De acordo com os Correios, a empresa teve, em 2016, R$ 14 milhões em prejuízos com ações civis por conta do roubo das correspondências. No mesmo ano, foram investidos R$ 20 milhões em segurança. Além do aumento no número de cargas roubadas nos cinco primeiros meses, o assalto às agências cresceu 67% no mesmo período.

O diretor regional da empresa, Cleber Machado, contou que, no mês passado, uma carga com 3.200 encomendas foi roubada a caminho do aeroporto. Entre os itens, estavam os mais diversificados pertences, como passaportes, remédios e escrituras. "Era uma entrega que iria para todos os estados e até outros países. Quando uma carga dessas é roubada, o cidadão é o maior prejudicado”, disse. Ele disse, ainda, há certos locais em que os carteiros "correm risco de vida" porque são ameaçados a fornecer informações sobre as cargas. Também esteve presente a deputada Martha Rocha (PDT), presidente da Comissão de Segurança.

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