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30.11.2016 - 17:55 Por Buanna Rosa

SECRETÁRIO NEGA FECHAMENTO DE ESCOLAS, MAS ALUNOS DEVEM SER TRANSFERIDOS

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  • Por Octacílio Barbosa
    Foto geral da reunião
  • Por Octacílio Barbosa
    O deputado Comte Bittencourt (PPS) e à sua direita, o deputado Flávio Serafini (Psol)
  • Por Octacílio Barbosa
    O secretário estadual de educação, Wagner Victer
  • Por Octacílio Barbosa
    Ana Paula Vellasco, superintendente da SEEDUC

Apesar do secretário de Estado de Educação, Wagner Victer, negar o fechamento de unidades escolares no ano de 2017, a apresentação feita pela secretaria mostra que no próximo ano está previsto uma reorganização em mais de 20 escolas da rede pública de ensino. Com isso, alunos serão transferidos, turmas reduzidas e turnos extintos. Os dados foram apresentados durante audiência pública realizada nesta quarta-feira (30/11), pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).



"Todo ano se faz um planejamento com adequação de turmas no sentido de pegar algumas escolas que tem uma participação pequena, municipalizar e ampliar a oferta de ensino", explicou o secretário. Ele ainda enfatizou que as mudanças não têm relação com a crise financeira do estado e que o número de vagas ofertadas para o próximo ano letivo, aproximadamente 500 mil, entre novas matrículas e rematrículas, é maior que o oferecido em 2016.



Presidente da Comissão de Educação, o deputado Comte Bittencourt (PPS) desaprovou as medidas. "Elas apontam para o encerramento dessas unidades. É doloroso para uma comunidade encerrar uma atividade de uma escola ou um curso noturno que era oferecido no espaço", justificou o parlamentar.

Diálogo

Professores e alunos da rede estadual reclamam que não foram consultados sobre as mudanças apresentadas pela secretaria de Estado de Educação (Seeduc). Segundo a Seeduc, as transferências foram avaliadas por representantes regionais, que verificaram a estrutura das escolas e a localidade para a qual os alunos seriam realocados, com uma distância média de 2 km até a nova escola.

Porém, em alguns casos, como o da coordenadora do Ciep 401, em Engenheiro Pedreira, Japeri, na Baixada Fluminense, Ana Maria Pereira Ramos, a distância é ainda maior. Ela vai precisar pegar dois ônibus para chegar ao novo local de trabalho. "Além de ser uma escola de difícil acesso, ainda é um local com guerra de facções. Nossos alunos não querem ir e a evasão será enorme", explicou.

A aluna do Ciep 123 Glauber Rocha, em Nova Friburgo, Região Serrana, Elaine de Oliveira Chia, de 16 anos, que cursa o 2º ano do Ensino Médio, também terá que mudar de escola. O ensino fundamental da unidade será municipalizado e o ensino médio transferido para o colégio Vicente de Moraes, que fica ao lado da antiga escola, mas está com a estrutura precária. "Em uma semana soubemos que o colégio ia fechar, na outra já chegou a informação de que o colégio seria municipalizado. Foi um absurdo. Eu que cuido, eu que uso e em nenhum momento eu fui ouvida" desabafou a estudante.



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