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05.05.2021 - 13:50 Por Buanna Rosa

FÓRUM DA ALERJ: CRESCE O NÚMERO DE NOVAS EMPRESAS ABERTAS NO ESTADO NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021

  • Por Reprodução de Tela

O Estado do Rio de Janeiro aumentou em 40,5% o número de novas empresas abertas no primeiro trimestre de 2021, se comparado ao mesmo período do ano passado - ao todo foram registrados na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja) 14.938 novos negócios. Para o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado André Ceciliano (PT), os dados são frutos de um trabalho conjunto entre as instituições de fomento, como o Sebrae, e os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. Os dados foram divulgados pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Leonardo Soares, durante o evento ‘Rio Mais Simples’, organizado pelo Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico em parceria com o Sebrae-RJ, realizado de forma virtual nesta quarta-feira (05/05).

"Temos reparado que integrar o trabalho entre os poderes e tornar o sistema mais ágil é uma das saídas para aumentar o crescimento empresarial no Rio. É fundamental agregar as soluções. Queremos criar um ambiente cada vez mais otimista para a abertura de novos negócios e tornar os nossos empresários confiantes de que apesar da pandemia o Rio é o melhor estado para se fazer investimentos", afirmou Ceciliano.

O secretário complementou a fala do presidente da Alerj lembrando que a Jucerja já celebrou mais de 60 convênios entre os 92 municípios do Rio para auxiliar novos empreendedores. Segundo Soares, apesar de o Rio ter visto 5.979 empresas fecharem as portas nos três primeiros meses de 2020, este ano o número foi recuperado.

"Esse aumento não é por acaso e tem algumas motivações: uma delas é o grande número de desempregos que se sucederam com a chegada da pandemia. Com isso, as pessoas decidiram investir em novas frentes de trabalho, mas a desburocratização e digitalização dos serviços da Junta Comercial foi sem dúvida um fator bastante importante para esse crescimento", justificou Soares. Ele ainda destacou que atualmente o processo de abertura de uma empresa na Jucerja leva, em média, 50 minutos.

Para o diretor-superintendente do Sebrae-RJ, Antonio Alvarenga, é preciso reduzir a burocracia para o mínimo necessário. "A Burocracia virou sinônimo de um sistema lento que falha ao atender o cidadão e isso precisa ser mudado. Há 15 anos, o Sebrae atua pela desburocratização das empresas do estado, e pensar em facilitadores com outras instituições é fundamental.

Avanços na área contábil

Para o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), Samir Nehme, é preciso pensar um suporte para o empresário que já tem o seu negócio funcionando. "Ainda precisamos avançar muito quanto a eficiência do trabalho do contador no nosso estado. Segundo dados do Doing Business 2020, as empresas desperdiçam 1.501 horas por ano para lidar com questões burocráticas. O Brasil ainda está muito aquém do que gostaríamos para o ato de empreender", afirmou Nehme.

Ele ainda apontou dois principais pontos que sobrecarregam o microempreendedor: a apuração e pagamento de impostos e o preenchimento e entrega das obrigações acessórias. "Esses pontos precisam ser aperfeiçoados, já que avançamos com os processos digitalizados, mas os entraves ainda permanecem. Fora as multas que são impostas caso os prazos não sejam cumpridos".

Dos 92 municípios do Rio, apenas 60 já aderiram ao Registro Integrado (Regin) e contam com o Alvará automatizado - processo que ajuda a agilizar a abertura de uma empresa. Segundo a Jucerja, é preciso incentivar os demais 32 municípios a aderirem essa implementação.

A diretora-geral do Fórum da Alerj, Geiza Rocha, finalizou o encontro com otimismo e disse que é importante priorizar as micro e pequenas empresas. "São esses negócios que proporcionam consistência às cadeias produtivas e dão resiliência às crises econômicas. Hoje, foram dados passos importantes, e agora precisamos cobrar esses avanços", encerrou.

 

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