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16.09.2019 - 15:46 Por Buanna Rosa

PRESIDENTE DA AGENERSA AFIRMA QUE PROPÔS REDUZIR PELA METADE OS INVESTIMENTOS DA NATURGY EM 2018

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  • Por Rafael Wallace
    CPI do Gás
  • Por Rafael Wallace
    O presidente da CPI do Gás, deputado Max Lemos (MDB)
  • Por Rafael Wallace
    O conselheiro-presidente da Agenersa, Luigi Trosi, durante audiência da CPI do Gás
  • Por Rafael Wallace
    O relator da CPI do Gás, deputado Rodrigo Bacellar (SDD)

A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa) propôs a redução de investimentos feitos pela concessionária de Gás Naturgy, no ano passado. A declaração foi feita pelo presidente da Agência, Luigi Eduardo Troisi, durante audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a distribuição de gás em território fluminense, nesta segunda-feira (16/09).

De acordo com a proposta inicial apresentada pela Naturgy (antiga Ceg e Ceg Rio), o valor destinado pela concessionária para investimento em 2018 seria de R$ 275 milhões. No entanto, a Agenersa aconselhou a empresa a recalcular o valor e reduzi-lo em 50%. Com isso, o montante passaria para R$ 137 milhões. O presidente da Agenersa justificou o posicionamento da Agência alegando que a Naturgy não tinha capacidade financeira para custear esse investimento.

“Fizemos uma deliberação e aconselhamos a concessionária de gás a diminuir essa proposta pela metade por cautela, para que isso não influenciasse no aumento da tarifa. A empresa acabou aceitando a sugestão e apresentou uma nova proposta no valor de R$ 150 milhões. O valor acabou ficando muito próximo dos R$ 137 milhões que já tínhamos previsto e dos R$ 144 milhões que eles conseguiram aplicar até o final do ano. Dessa forma, avaliamos que a nossa decisão foi a correta. A projeção inicial deles não era possível de ser atingida pois eles não tinham recursos suficientes”, explicou Troisi.

Pouco investimento na área

A distribuição de gás está no momento em processo de revisão tarifária - que acontece a cada cinco anos - e o plano de investimento está em fase de ajuste. Atualmente, apenas 12% do valor arrecadado com a distribuição de gás é revertido em investimento para o setor. Na divisão, mais de 60% do valor é destinado à Petrobras que fornece o gás, 22% são para pagamentos de tributos e pouco mais de 10% para a área de manutenção, investimento e lucro das concessionárias. Segundo o presidente da CPI, deputado Max Lemos (MDB), que criticou o baixo investimento feito pela concessionária, é essa porcentagem que precisa ser revista.

“Há pouco tempo o presidente da Naturgy disse para a comissão que a Agenersa atrapalhava os investimentos. Hoje já ouvimos que na verdade houve apenas um realinhamento das aplicações se comparado ao histórico das últimas revisões tarifárias. A cada momento chegamos a conclusão que o motivo para o baixo investimento no setor é o resultado da desordem entre a agência que regula e a concessionária. Será preciso que o governo defina objetivamente qual é o investimento para que a Agenersa tenha condição de aplicar e cobrar esse aporte das concessionárias. Essa será a melhor solução e vamos apresentar essa proposta no relatório final”, explicou Lemos.

Também estiveram presentes na reunião desta segunda-feira, os deputados Dionísio Lins (PP), Jair Bittencourt (PP) e Rodrigo Bacellar (SDD).

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