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10.06.2019 - 19:27 Por Isabela Cabral

SERVIDORES DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEPUTADOS REVINDICAM ALTERAÇÕES NA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

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  • Por Octacílio Barbosa
    Foto geral da reunião
  • Por Octacílio Barbosa
    O deputado Delegado Carlos Augusto (PSD)
  • Por Octacílio Barbosa
    O deputado federal Hugo Leal
  • Por Octacílio Barbosa
    O deputado Coronel Salema (PSL)
  • Por Octacílio Barbosa
    João Rodrigues, presidente do SIND-DEGASE

Policiais civis, policiais federais, policiais rodoviários federais, agentes penitenciários, agentes socioeducativos e outros servidores da segurança pública não estão satisfeitos com as mudanças propostas para as suas categorias pela reforma da Previdência. Durante audiência pública nesta segunda-feira (10/06), representantes de diversas entidades de trabalhadores da área afirmaram que as medidas vão prejudicar os agentes e pediram equidade com relação às Forças Armadas, já que os militares receberam uma proposta de reforma diferenciada. A reunião foi promovida pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), presidida pelo deputado Delegado Carlos Augusto (PSD).

A comissão se comprometeu a criar um documento a partir do que foi debatido no encontro e mobilizar os deputados federais para tentar reverter a situação. “Vamos sensibilizar a bancada federal para que esse pleito chegue até o presidente da República, de forma que haja uma revisão do que foi apresentado. Porque da forma como está, desagrada a todos. A insatisfação foi unanimidade aqui”, afirmou o deputado Coronel Salema, vice-presidente do grupo.

Segundo o presidente da Coligação dos Policiais Civis do Rio de Janeiro (Colpol-RJ), Fábio Neira, os policiais não estão apenas descontentes, mas surpresos e ressentidos. “A maioria dos operadores de segurança pública do Rio de Janeiro apoia toda a família Bolsonaro. Esse tratamento que não nos leva a reboque dos militares foi de uma surpresa beirando até a traição. O discurso de que tem que cortar na carne não faz sentido, porque a polícia do Rio já tem sua carne cortada, asfixiada, esquartejada e carbonizada. A gente já dá a própria vida, não precisa dar mais nada”, defendeu.

Uma emenda do deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ) busca solucionar a questão. Ela altera a PEC 6/2019, o texto da reforma que tramita no Congresso, com uma série de garantias em favor desses servidores. “Nossa preocupação é que o tratamento que está sendo dado às Forças Armadas, que é lógico e justo, seja estendido aos profissionais da segurança pública. Assegurar a integralidade, a paridade, o tempo de serviço, a questão das pensões por acidente de trabalho. Essa emenda é oriunda de um debate com a União dos Policiais Brasileiros (UPB). Vamos discuti-la na comissão especial e, se o relator não aceitar, vamos apresentar um destaque e votar”, disse o parlamentar.

“Se a reforma passar como está, nós teremos a pior aposentadoria policial do mundo”, declarou o presidente da Associação Nacional dos Servidores da Polícia Federal no Rio de Janeiro (Ansef-RJ), Iranilmo Melo Lopes. “Concordamos com a proposta dos militares, só que os agentes da segurança pública estão no mesmo nível, então não dá para falar em reformas diferentes”, completou. O deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ) ressaltou ainda que hoje a bancada da segurança pública na Câmara é maior do que nunca. “Se tem um setor com condições de mobilizar, é esse. Nós temos representatividade e precisamos utilizá-la”, argumentou. Também participaram da reunião os deputados Márcio Gualberto, Anderson Moraes (ambos do PSL), Martha Rocha (PDT) e Chico Machado (PSD).

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