PUBLICAÇÕES

NOTÍCIAS
VOLTAR

FacebookTwitterWhatsappEmail

22.05.2018 - 17:08 Por Hélio Lopes

COMISSÃO DA ALERJ DEBATE PISO SALARIAL PARA TÉCNICOS EM RADIOLOGIA

1/1
  • Por Octacílio Barbosa
    Foto geral da reunião
  • Por Octacílio Barbosa
    O deputado Paulo Ramos (PDT)
  • Por Octacílio Barbosa
    Armando Carvalho, presidente da SINDHERJ
  • Por Octacílio Barbosa
    Marcello Carlos, Diretor Presidente do CRTR-RJ
  • Por Octacílio Barbosa
    Rubens Raymundo Junior, representante do CRO-RJ e ABRO

A Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) discutiu nesta terça (22/05) o piso regional para os técnicos em radiologia. Com a Lei 7898/2018, que entrou em vigor em março, os profissionais da área passam a receber um salário 50% superior ao anterior. Os sindicatos dos trabalhadores consideram a atualização da norma uma reparação justa diante de perdas salariais recentes. Já os sindicatos patronais argumentam que o reajuste pode quebrar os hospitais de médio e pequeno porte.

Os técnicos em radiologia passam de um vencimento básico de R$ 1.605 para R$ 2.421. A esse valor é acrescido ainda um percentual de 40% como adicional de insalubridade, que já era aplicado anteriormente. O presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Armando Carvalho, argumentou que o impacto na folha salarial inviabiliza o funcionamento de parte importante da rede de saúde privada. Segundo ele, só as grandes redes de hospitais têm condições de arcar com esse custo. “O Rio de Janeiro está quebrado. Temos que ter responsabilidade na gestão. Muitos hospitais pequenos vão quebrar. Será que estamos aqui para olhar apenas um lado da moeda?”, questionou.

Um dos diretores da Sociedade Brasileira de Radiologia, Carlos Souza argumentou que o incremento salarial previsto pelo enquadramento dos profissionais na lei vai reduzir a oferta de serviços de diagnóstico que dependem dos técnicos em radiologia e causar desemprego. “ O mais importante é evitar o desemprego. Os técnicos merecem aumento, como os motoristas de ônibus e as empregadas domésticas também merecem, mas isso é inviável. Eu tenho uma pequena clínica em que eu poderia fazer 100 radiografias por dia, mas eu só faço oito porque cada radiografia que eu faço me dá um prejuízo de R$ 20”, contabilizou o médico.

Marcello Carlos, presidente do Conselho Regional dos Técnicos em Radiologia, afirmou que a categoria tem sofrido perdas salariais nos últimos anos e que o novo piso leva em consideração a necessidade de constante aperfeiçoamento profissional. “Nós somos a menor equipe dentro de um hospital. Enquanto existe uma média de 20 técnicos de enfermagem por turno, há apenas dois técnicos em radiologia. Vamos passar a ganhar cerca de R$ 3,4 mil. É uma remuneração justa para a complexidade da profissão”, pondera.

O presidente da comissão, Paulo Ramos (PDT), declarou que a legislação aprovada observa o equilíbrio entre a valorização profissional e a preservação dos postos de trabalho. “É claro que nós não queremos contribuir para o desemprego e a falência do setor, mas é preciso reconhecer a importância do técnico de radiologia para a prestação do serviço de saúde como um todo. Nós vamos lutar para que a lei seja cumprida e os técnicos em radiologia possam ter a justa remuneração e a preservação da sua saúde”, declarou. O deputado Carlos Minc (PSB) também esteve presente à reunião.

FacebookTwitterWhatsappEmail