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02.07.2020 - 11:22 Por Juliana Mentzingen

COMISSÃO DE ECONOMIA DA ALERJ DEBATE SOLUÇÕES PARA A CRISE ECONÔMICA NO ESTADO

  • Por Reprodução de Tela
    COMISSÃO DE ECONOMIA DA ALERJ DEBATE SOLUÇÕES PARA A CRISE ECONÔMICA NO ESTADO

A Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) discutiu em audiência pública soluções para a crise econômica que afeta o Estado em razão da pandemia da Covid-19. A reunião, realizada por videoconferência, encerrou a série de audiências sobre os impactos da pandemia na economia do Rio.

“Sabemos que o momento é difícil, principalmente para o Estado do Rio, que se encontra em regime de recuperação fiscal, reduzindo ainda mais suas possibilidades na atuação. Mas também sabemos que o Estado precisa de um plano de ações de retomada do crescimento e da geração de empregos”, disse o deputado Renan Ferreirinha (PSB), presidente da comissão.

Participante da reunião, Eduarda La Rocque, ex-secretária Municipal de Fazenda do Rio, acredita que a crise do Rio é principalmente política, sendo um reflexo da governança pública. “O principal problema para resgatar o Rio do buraco é a questão da segurança e da violência, que é o principal entrave para seu desenvolvimento econômico. Não é mais só com o PIB e com a inflação que os economistas têm que se preocupar. A questão política é indissociável da economia”, ressaltou.

Simone Deos, professora Instituto de Economia da Unicamp, destacou a importância dos indicadores sociais para os resultados econômicos. “A questão do combate à crise do coronavírus precisa ser pensada como a partir de um projeto do que queremos para o país e para os estados. Se o desemprego for alto, talvez o déficit público não seja alto, mas sim insuficiente. A solução passa por uma negociação política, com emprego, proteção social, redução de desigualdade e com uma economia mais verde”, pontuou.

Por sua vez, Mauro Osório, economista e diretor da Assessoria Fiscal da Alerj, defende que, desde os anos 60, o Rio tem um ciclo vicioso de crescer sua economia abaixo da média nacional. “A gente não tem tradição de reivindicações regionais. Nós temos uma crise de receita no Rio de Janeiro, seja por falta de estrutura produtiva, seja por problemas na estrutura tributária do Estado”, ponderou.

Representando o Poder Executivo, Marcelo Lopes da Silva, que assumiu a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico Energia e Relações Institucionais há oito dias, apresentou os principais desafios da pasta para o contexto da pandemia. “A falta de segurança jurídica trava enormes investimentos no país. Neste cenário, nós precisamos conduzir várias obras que possam trazer capital estrangeiro, gerar mão de obra e receita”, destacou.

Participaram também da audiência os deputados Luiz Paulo (PSDB), Waldeck Carneiro (PT) e Chicão Bulhões (Novo).

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