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02.09.2021 - 15:35 Por Nívea Souza

CPI DAS CRIANÇAS DESAPARECIDAS: DELEGADA DEFENDE URGÊNCIA NA COMUNICAÇÃO DOS CASOS

  • Por Julia Passos
    CPI das Crianças Desaparecidas

A titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), Ellen Souto, afirmou que é preciso reforçar a informação, nas delegacias, de que não é necessário aguardar 24h para comunicar à polícia o desaparecimento de uma pessoa. A recomendação foi feita durante audiência pública realizada pela CPI das Crianças e Adolescentes Desaparecidos, nesta nesta quinta-feira (02/09). A proposta é que sejam afixados cartazes com esta orientação nas unidades distritais.

“Ficamos totalmente dependentes das distritais que, muitas vezes, não fazem o registro por ainda defenderem a tese de que uma pessoa só pode ser considerada desaparecida após esse período é isso é um grande erro. Não existe prazo mínimo para registro”, afirmou a delegada.

A CPI discutiu ações de melhorias no atendimento aos familiares nas delegacias e a implementação da Lei Alerta Pri, que estabelece que operadoras de celular enviem alertas de crianças e adolescentes desaparecidos a todos os seus usuários do estado. O nome da lei homenageia Priscilla Belfort, jovem desaparecida desde 2014.

A delegada Ellen Souto destacou ainda que todos os polícias deveriam ser treinados na Academia de Polícia Civil (Acadepol) no tratamento que deve ser oferecido às famílias de desaparecidos. Defendeu também o aumento do efetivo da especializada, que conta com 23 policiais para investigar casos de homicídios e desaparecimentos.

“Muitas famílias tentam fazer registro em três delegacias diferentes por dificuldades apresentadas nas unidades pelos próprios policiais. Além disso, as pessoas não conhecem a DDPA. Se não houver o registro, não tenho como investigar”, afirmou.

A vice-presidente da CPI, deputada Renata Souza (PSol), destacou que a campanha para alerta de desaparecidos com cartazes já é lei, mas precisa ser melhor implementada. “O estado deveria prover isso. Inclusive, não só em delegacias, mas também em aeroportos e unidades de saúde’, ressaltou a parlamentar.

O presidente da CPI, deputado Alexandre Knoploch (PSL), disse ainda que todas as unidades policiais deveriam ter uma espécie de central para compartilhamento de informações:

“Falta integração. Cada um faz o seu trabalho, mas ninguém compartilha. Esse processo tem que ser bem definido”.

O relator do colegiado, deputado Danniel Librelon (PRB), também criticou o problema da falta de comunicação entre as unidades policiais. “Temos que resolver esse problema da desinformação como um todo e tentar facilitar esse caminho para encontrar essas pessoas”, disse o deputado.

Os deputados pretendem convidar novamente o secretário de Estado de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, para participar de audiência da comissão, além de convocar entidades responsáveis pelas gestões de aeroportos, rodoviárias e representantes da área da saúde.

Também participou da audiência pública a deputada Martha Rocha (PDT).

 

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