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20.06.2022 - 16:00 Por Juliana Mentizingen

COMISSÃO DA CÂMARA FEDERAL DEBATE NA ALERJ MÁ QUALIDADE DO SERVIÇO DA ENEL

  • Por Rafael Wallace

O término do contrato de concessão da Entidade Nacional de Eletricidade (Enel), que expira em 2026, e o mau atendimento nas lojas da concessionária foram os principais pontos levantados na audiência pública realizada pela Comissão de Trabalho e Serviços Públicos da Câmara Federal, que aconteceu nesta segunda-feira (20/06), na sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O encontro, presidido pelo deputado federal Paulo Ramos (PDT/RJ), reuniu vereadores de municípios abrangidos pela área de concessão.

“A distribuição de energia elétrica tem representado um sofrimento muito grande para a população e um prejuízo para a economia do estado. É preciso fazer um esforço para que haja uma nova licitação. Não pode haver a prorrogação automática de um contrato de concessão, principalmente considerando que a empresa não corresponde às expectativas dos consumidores e empreendedores”, disse o deputado federal.

Para o diretor-geral da Alerj, Wagner Victer, o modelo atual de concessão é falho em relação à garantia de qualidade. “A discussão que tem que começar desde já é como fazer a modelagem para futura licitação da área de concessão da Enel. Não adianta fazer aquelas novas modelagens que geram muita renda e não se aplica o investimento. A gente tem que reequilibrar e ver o que o Rio de Janeiro precisa”, explicou o engenheiro, que também criticou a retirada da sede da Enel Brasil do Rio para São Paulo, em 2021.

Presente na reunião, o vereador e secretário municipal da Região Oceânica de Niterói, Binho Guimarães (PDT/Niterói), a Enel ignora o trabalho de fiscalização dos vereadores e o debate com os municípios. “Não se pode falar em extensão de contrato, tem que haver uma nova licitação. O governo de Niterói fez um investimento pesado na reestruturação e requalificação da Avenida Marquês do Paraná, uma via importante da cidade, e a empresa ficou seis meses para fazer o reposicionamento dos postes. São vários princípios constitucionais que estão sendo atingidos e contrariados pela concessionária nesse período”, destacou.

Já a ex-deputada estadual Maria de Fátima Pereira apontou a má qualidade no atendimento prestado pelos funcionários das lojas de Petrópolis e Duque de Caxias, dois dos 66 municípios atendidos pela concessionária. “Eu tinha uma casa em Petrópolis e tive que sair devido às chuvas do início do ano. Em junho, estive na Enel do município e falta humanização no atendimento da empresa. Os idosos são tratados com descaso. Falta preparo dos funcionários não só de Petrópolis, mas de Duque de Caxias também. É preciso haver uma triagem, porque é um absurdo o que acontece nas lojas”, explicou.

Durante a audiência, a Enel apresentou um investimento de R$ 2,6 bilhões em expansão, manutenção e conexão de novos clientes para os anos de 2023 a 2025. O representante da Enel, Guilherme Brasil, disse que vai apurar o mau atendimento prestado nas lojas. “Não temos uma solução agora, mas vamos internalizar o caso, fazer um diagnóstico e depois apresentar uma solução para a comissão”, comentou.

 

 

 

 

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