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HISTÓRIA
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Cadeia Velha - Fachada dos fundos - Setembro de 1919 - Augusto Malta Cadeia Velha - Fachada dos fundos - Setembro de 1919 - Augusto Malta. Desde os tempos do Brasil Colônia, o local onde está hoje o Palácio Tiradentes é um sítio histórico que guarda um grande pedaço da memória política do Brasil.

O primeiro edifício ali construído, inaugurado em 1640, ainda no Brasil Colônia, abrigava os três vereadores, eleitos por voto indireto para um mandato de um ano, que cuidavam da cidade e das suas finanças.

Todo o dinheiro da cidade ficava guardado em um cofre chamado “burra”, que só podia ser aberto por três chaves: cada uma ficava com um vereador. No andar de cima, trabalhavam os vereadores. No de baixo, ficava a cadeia. Por isso, o local ficou popularmente conhecido como Cadeia Velha.

Foi lá onde o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ficou preso, durante três anos antes de ser enforcado no dia 21 de abril de 1792.

Quando a Coroa portuguesa aqui chegou, fugindo da invasão napoleônica, em 1808, e se instalou no Paço Imperial, o Parlamento, que nesta época já contava com um número maior de representantes, foi deslocado para outro prédio para dar lugar aos empregados da corte. De volta para a cadeia Velha, a Câmara Imperial protagonizou momentos memoráveis, como a aprovação da Lei Áurea, em 1888.

Em 1922, já em situação precária, a Cadeia Velha foi demolida para dar lugar a um grande palácio, cuja arquitetura lembra muito o Grand Palais de Paris. Projetado em estilo eclético por Archimedes Memória e Francisco Couchet, o Palácio Tiradentes foi inaugurado em 6 de maio de 1926 para abrigar a Câmara federal.

Enquanto a Câmara funcionou no Tiradentes, entre 1926 a 1960, todos os presidentes do período tomaram posse ali, de Washington Luiz a Juscelino Kubitscheck, que após tomarem posse saudavam e discursavam para o povo, que lotava as escadarias, da varanda-balcão do Salão Nobre.

Sessão do Senado em que se aprovou a Lei Áurea - 1888 Sessão do Senado em que se aprovou a Lei Áurea - 1888 Em 1937 a 1945, durante o Estado Novo, o Parlamento foi fechado pelo presidente Getúlio Vargas e o Palácio Tiradentes passou a abrigar o Ministério da Justiça e o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão de censura do regime.

Em 1960, quando da transferência da capital para Brasília, o Palácio Tiradentes passa a abrigar a Assembleia Legislativa do Estado da Guanabara (ALEG). Quinze anos depois, com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, surge a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), que ali permanece até os dias atuais.

Diariamente, incluindo sábados, domingos e feriados, mais detalhe dessa rica história pode ser conhecido na exposição Palácio Tiradentes: Lugar de Memória do Parlamento Brasileiro.

Construção do Palácio Tiradentes - 1924 Construção do Palácio Tiradentes - 1924 Inauguração do Palácio Tiradentes - 6 de maio de 1926 - Augusto Malta Inauguração do Palácio Tiradentes - 6 de maio de 1926 - Augusto Malta