A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) lançou nesta terça-feira (06/09) a exposição Gigantes Paralímpicos - A História do Esporte Paralímpico no Brasil e no Mundo. A mostra expõe medalhas de atletas, objetos como as tochas olímpica e paralímpica e a primeira cadeira de rodas desenvolvida no país para uma prova de atletismo, em 1987.

"Falar de Paralimpiada não é só falar de esporte, é falar de inclusão, e a Alerj contribui para esse papel há muitos anos. Essa exposição mostra como o poder público mudou a maneira de olhar as pessoas com deficiência", afirmou o presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da Alerj, deputado Márcio Pacheco (PSC). O parlamentar lembrou que nesta quarta-feira (07/09) será a abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

A solenidade de abertura, realizada no salão nobre do Palácio Tiradentes, sede da Alerj, foi conduzida pelo deputado Wagner Montes (PRB). "A Casa foi unânime no apoio para que a exposição acontecesse no Palácio", disse o deputado. A entrada é franca e as peças ficarão expostas no terceiro andar do Palácio Tiradentes até o dia 22 de setembro.

A ex-deputada Tânia Rodrigues, que é cadeirante, também visitou a exposição. "As pessoas costumam dizer que o brasileiro não tem memória e é importante que todos saibam da luta que vários atletas paralímpicos tiveram que travar para conquistar uma medalha para o país. Essa exposição refresca a memória da população", esclareceu.

O atleta de arremesso de peso, Vanderson Alves da Silva, de 33 anos, aproveitou a estadia no Rio para conferir a mostra. Ele competiu na última Paralimpiada em Londres, mas não conseguiu se classificar para os jogos no Rio. "Infelizmente não consegui uma vaga, mas a chama Paralimpíada nunca vai se apagar do meu coração", contou. O atleta elogiou a exposição e disse que ela valoriza a cultura do esporte no Brasil.

Recorde de atletas

A Paralimpíada Rio 2016, entre os dias 7 e 18 de setembro, será a primeira edição dos Jogos na América do Sul. Atletas de 176 países disputarão 528 provas em 21 arenas - as mesmas da Olimpíada, com adaptações. A delegação brasileira, com 286 atletas, é a maior de todos os tempos, segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro. E o interesse do público é crescente: mais de 1,5 milhão de ingressos foram vendidos.

Um dos painéis da exposição, traz números que contam a evolução do esporte paralímpico no mundo. A primeira Paralimpíada foi realizada em 1960, em Roma, na Itália, com a participação de 400 atletas de 23 países. De lá pra cá, o número de atletas e países aumentou significativamente. Em 2012, na Paralimpiada de Londres, na Inglaterra, 4.237 atletas de 164 países, disputaram medalhas.

Evolução dos equipamentos

A prática do esporte para as pessoas com deficiência exige muito mais do que treinamento árduo, pois requer que o atleta tenha à disposição equipamentos modernos no mercado. Pernas em fibra de carbono, confeccionadas sob medida para o biótipo do atleta e cadeiras de roda cada vez mais velozes e leves, são alguns dos itens que fazem a diferença na hora de disputar uma competição. A indústria de órteses e próteses também utiliza os Jogos Paralímpicos como laboratório para o desenvolvimento de equipamentos para o dia a dia.

Na exposição é possível ver a primeira cadeira de rodas desenvolvida no país para uma prova. Ela foi desenvolvida pelo Instituto Nacional de Tecnologia em 1987, 29 anos após o início da prática esportiva entre os atletas com deficiência no país.

O mesmo se dá com a utilização de próteses confeccionadas com fibra de carbono. Só em 1992, nos Jogos de Barcelona é que tivemos, o atleta, Ricardo Inácio, utilizando este equipamento nas provas de salto a distância.

SERVIÇO

Gigantes Paralímpicos - A história do Esporte Paralímpico no Brasil e no Mundo
Local: Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - Rua Primeiro de Março, s/n°, Centro - Rio de Janeiro
Período: 06 a 22 de setembro, de segunda à sábado, das 10h às 17h; domingos e feriados, das 12h às 17h
Entrada gratuita; acesso para cadeirantes pela Rua Dom Manuel