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30.08.2019 - 16:04 Por Nivea Souza

PRÉDIOS PÚBLICOS SOFREM COM FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA EM QUEIMADOS

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  • Por Rafael Wallace
    CPI DA ENERGIA ELÉTRICA REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA APURAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES DA LIGHT EM CAMPO GRANDE
  • Por Rafael Wallace
    PRÉDIOS PÚBLICOS SOFREM COM FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA EM QUEIMADOS
  • Por Rafael Wallace
    CPI DA ENERGIA ELÉTRICA REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA APURAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES DA LIGHT EM CAMPO GRANDE
  • Por Rafael Wallace
    Max Lemos (MDB)
  • Por Rafael Wallace
    CPI DA ENERGIA ELÉTRICA REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA APURAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES DA LIGHT EM CAMPO GRANDE

CPI da Energia Elétrica foi à cidade e ouviu relatos de moradores e do Poder Público

O prefeito de Queimados, na Baixada Fluminense, Carlos Vilela, criticou a falta de energia e de equipamentos necessários para o abastecimento de energia elétrica de prédios públicos, como escolas, postos de saúde e até uma maternidade do município. A declaração foi feita durante audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) que investiga as irregularidades das concessionárias de energia elétrica, realizada no Teatro Metodista da cidade nesta sexta-feira (30/08).

“Temos postos de saúde precisando reforçar a carga, o ar condicionado não funciona. Temos uma maternidade para ser inaugurada e ainda não foi ligada a luz. Estamos preocupados. A demanda é grande e a ineficiência da Light é enorme. Nós esperamos que ela cumpra seu papel para atender aos 149 mil habitantes da cidade. São muitos problemas a serem resolvidos”, ressaltou o prefeito.

O superintendente da Light, Daniel Negreiros, disse durante a audiência que foi assinado um convênio com a prefeitura de Queimados em julho deste ano para atender especificamente a prédios públicos. O programa chamado “Eficiência Energética” deve entrar em vigor em 2020. “Serão atendidas 15 escolas, além de outros edifícios públicos da cidade. Anualmente investimos cerca de R$ 50 milhões na Baixada Fluminense para garantir o fornecimento. Estamos preparados para atender a demanda”, destacou. Segundo Daniel, a companhia tem hoje 300 equipes na Baixada. “Nosso centro de operações tem um cadastro que envolve consumidores de alta prioridade como hospitais, maternidades e escolas, além de clientes que usam aparelhos vitais”, garantiu o superintendente.

No entanto a representante da OAB do município, Mônica Aline Machado, afirmou que a realidade é bem diferente da declaração do superintendente da Light. Segundo ela, muitos consumidores estão insatisfeitos e entram com processos contra a empresa, por vários motivos, entre eles cobranças indevidas do TOI, o termo de ocorrência de irregularidade, colocado na conta de luz quando há suspeita de furto de energia. “Em 2018 foram 300 processos contra a empresa. Neste ano já são 450 processos distribuídos. Há muitos casos de falsa acusação de furto de energia e isso é crime”, disse Mônica.

Para melhorar a fiscalização da empresa, o relator da CPI, deputado Max Lemos (MDB), defende a instalação de uma unidade da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ou a realização de um convênio entre a agência nacional com a Agenersa (Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio). “Temos histórias aqui no município de 40 horas sem luz. Essa discussão já foi levada à Brasília. A existência das audiências nas cidades é necessária para colher várias informações possíveis e fazer o melhor relatório. E seria um avanço se conseguíssemos esse convênio”, ressaltou o parlamentar.

Moradores relatam problemas

Moradores de diversos bairros foram à audiência para reclamar das cortes de energia elétrica e cobranças indevidas. É o caso de Erlon Crespo, de 47 anos, que mora no centro de Queimados há sete anos. Ele entrou com um processo contra a empresa por causa de cobrança indevida de energia elétrica em sua casa e também do imóvel ao lado de sua residência, onde funciona a igreja da qual ele é pastor. “Minha conta costumava vir no valor de R$ 300 e foi crescendo gradativamente. Teve um mês que veio R$980 e chegou a R$ 2000. Essa última eu não paguei. Por causa disso funcionários da Light foram até minha casa, com dois policiais militares, cortaram a energia elétrica e fiquei sem luz durante doze horas”, afirmou Erlon. Ele disse ainda que por causa das constantes quedas de energia ele já perdeu duas geladeiras.

Cristiane das Chagas Silva, de 53 anos, moradora do bairro Nossa Senhora da Gloria, tem 30 protocolos abertos pela Light por conta dos picos de luz. Ela diz que a TV está com defeito e doze lâmpadas de sua casa foram queimadas. “Fiquei sem luz três dias por conta de picos de energia consecutivos. A Light só me dá protocolos e contas pra pagar. Estou rigorosamente em dia com a empresa e quero ressarcimento pelo meus prejuízos”, afirmou Cristiane.

Também compareceram à audiência vereadores de Queimados e representantes de órgãos públicos da cidade.

 

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