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11.03.2022 - 19:34 Por Comunicação Social

ALERJ LAMENTA MORTE DA EX-DEPUTADA SANDRA CAVALCANTI

  • Por Divulgação acervo

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) lamenta profundamente a morte, nesta sexta-feira (11/03), da ex-deputada estadual Sandra Cavalcanti vítima de parada cardíaca, em casa, aos 96 anos de idade. O velório e o sepultamento serão realizados neste sábado (12/03), no cemitério São João Batista, em Botafogo. Sandra é protagonista de uma importante trajetória política no país e teve uma marcante passagem pela Alerj como uma parlamentar extremamente atuante em prol do Estado do Rio e de sua população.

“A lembrança que fica da história da Sandra Cavalcante é de uma parlamentar altiva, convicta das suas ideias, combativa e defensora das causas sociais. Certamente, ela deixou um relevante legado na política do nosso estado e do Brasil. Foi uma brilhante deputada no período em que exerceu mandato na Assembleia”, comentou o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano.

Em 1960, Sandra elegeu-se deputada estadual com 14.513 votos, pela UDN, no estado da Guanabara, e obteve na época apoio da escritora Raquel de Queiroz, que vaticinou: “a quem um voto dado será um voto dignificado”. Como deputada udenista, ele era a porta-voz do jornalista Carlos Lacerda, que havia sido eleito governador (1960-1965).

Convidada, em 1961, pelo presidente Jânio Quadros para ser a Embaixatriz do Brasil na UNESCO, Sandra Cavalcanti declinou do convite e defendeu o fim dos carros oficiais e o direito de os homens serem professores primários.

Como secretária de Serviços Sociais da Guanabara, em 1964, ela removeu inúmeras favelas transformando-as em conjuntos habitacionais e criando, por exemplo, a Cidade de Deus, Vila Kennedy e Vila Aliança. Como presidente do Banco Nacional de Habitação (BNH), Sandra se tornou uma incentivadora das cooperativas habitacionais.

Em 1974, elegeu-se novamente deputada estadual, sendo a mais votada do seu partido (Arena), com 34.516 votos, à Assembleia Constituinte Estadual na nova unidade da Federação. Pioneira, Sandra Cavalcanti defendeu a criação do Ministério para Assuntos Femininos.

Ela também exerceu mandato como deputada federal constituinte, tendo sido a segunda mais votada do estado. Em 1995, assumiu a Secretaria Extraordinária de Projetos Especiais da Prefeitura do Rio de Janeiro, cujo titular era César Maia, tornando-se membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social. Dois anos depois, com Luiz Paulo Conde à frente da prefeitura, Sandra coordenou a visita do Papa João Paulo II à cidade.

Sandra Cavalcanti foi também diretora de um Jornal na TV Tupi, teve participação consagrada no corpo de jurados do “Programa de TV Flávio Cavalcanti”, e estrelou o programa Manchete Shopping Show, na TV Manchete. Era botafoguense convicta e não deixou herdeiros diretos; mas marcou sua trajetória com um legado de dedicação à educação, à habitação popular e ao Rio de Janeiro.

 

 

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