SERVIDORES DA ALERJ PARTICIPAM DE OFICINA DE RESTAURAÇÃO DO PALÁCIO TIRADENTES
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Por Thiago LontraAula inaugural da Oficina Escola de Conservação e Restauro do Palácio Tiradentes
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Por Thiago LontraAula inaugural da Oficina Escola de Conservação e Restauro do Palácio Tiradentes
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Por Thiago LontraSimone Algebaile, coordenadora da Oficina Escola do Palácio Tiradentes
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Por Thiago LontraAula inaugural da Oficina Escola de Conservação e Restauro do Palácio Tiradentes
Servidores e funcionários de empresas que atuam na manutenção do histórico Palácio Tiradentes, antiga sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), participaram hoje da aula inaugural da Oficina-Escola de Conservação e Restauro que vai devolver o brilho e a beleza ao edifício, prestes a completar 96 anos. Fechado para a revitalização, ele será reaberto ao público como equipamento cultural, já chamado de “Casa da Democracia”.
“Cada integrante da oficina de restauro que levantar a cor escondida sob camadas de tintas ou devolver o brilho ao metal vai jogar luz sobre o passado. Não para que ele seja visto como peça de museu. Mas para revigorar a soberania popular, propósito que até aqui nos conduziu. Queremos reviver o nosso Palácio, recontando a história da democracia, criando um lugar de memória”, afirmou o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), na abertura da cerimônia no auditório principal do Edifício Lúcio Costa, atual sede do Parlamento.
Realizadas por meio da Escola do Legislativo do Estado (Elerj), as duas primeiras oficinas, de metal e de mobiliário, vão capacitar 60 profissionais que já prestam serviço ao Parlamento. Os alunos serão orientados por mestre de oficio com mais de 30 anos de experiência e que participaram do programa Monumenta-IPHAN, que capacitou profissionais brasileiro na Itália para serem multiplicadores.
Um dos participantes é o marceneiro Sandro Soares da Costa, que há 20 anos trabalha na manutenção do prédio. “É muito emocionante dar a minha contribuição para a preservação dessa preciosidade que é o Palácio. Aqui tem madeiras nobres, imbuia, peroba, jacarandá. E vai ficar tudo bem bonito com a reforma”, declarou.
A superintendente da Curadoria do Palácio Tiradentes, Maria Lúcia Horta Jardim, que desenvolveu projeto similar no restauro do Palácio Laranjeiras, contou que, para este trabalho no Tiradentes, foi feito levantamento de mais de 700 peças (entre esculturas, mobiliários, lustres e peças de decoração) que compõem o acervo da Casa.
“A Administração Pública é feita de sonhos, visão e muito trabalho. É com Educação e com Cultura que teremos uma sociedade melhor”, ressaltou.
A coordenadora da Oficina-Escola, Simone Algebaile, ressalta o desafio de resgatar a originalidade do espaço e a valorização dos mestres de ofício.
“Ao nos depararmos com alguma peça, como uma cadeira, precisamos identificar a originalidade, buscar saber se ela é originalmente daquele espaço. As necessidades de uso foram modificando a configuração do prédio ao longo do tempo, o que é normal. Agora o prédio irá contar sua própria história. Futuramente, os alunos formados pela Oficina-Escola poderão ser aproveitados na manutenção do Palácio, com uma abordagem mais técnica e comprometida com a conservação do edifício histórico”, afirmou.
Ao fim da cerimônia, mãos à obra.
Após a aula inaugural, os integrantes da oficina fizeram uma visita guiada pelo Palácio. Muitos não conheciam a história do monumento que, ao longo destes quase cem anos, abrigou os trabalhos do Poder Legislativo. As oficinas já estão prontas para o início das aulas, no espaço que abrigava o antigo posto médico. Inicialmente, serão recuperados parte do acervo de móveis das salas de comissões e dos metais aplicados às paredes e jarros do saguão e da escadaria do Palácio Tiradentes. A proposta é reabrir as portas do palácio para visitas públicas e gratuitas ainda em 2022.
Projetado em estilo eclético por Archimedes Memória e Francisco Couchet, ele foi inaugurado em 6 de maio de 1926, como sede da Câmara federal, que ali funcionou de 1926 a 1960. O edifício foi palco da posse de todos os presidentes do período - de Washington Luiz a Juscelino Kubitscheck, até a capital do país ser transferida para Brasília. Em 1975, com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, passou a abrigar a Alerj.
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