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28.06.2024 - 16:30 Por Leon Continentino

FÓRUM DA JUVENTUDE DO G20 DISCUTE DIVERSIDADE, INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO E FIM DA DESIGUALDADE

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  • Por Octacílio Barbosa
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A Frente Parlamentar da Juventude, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizou nesta sexta-feira (28/06) o Fórum Regional de Diálogo do Y20, grupo oficial de engajamento da juventude dos países membros do G20. O evento debateu políticas e iniciativas relacionadas à crise climática, inserção no mercado de trabalho, tecnologia, diversidade e inclusão e o combate à fome e à pobreza. As temáticas debatidas nos Fóruns do Y20 pelo país farão parte do Y20 Summit, programado para acontecer entre os dias 10 e 17 de agosto de 2024, na cidade do Rio.

“A participação da juventude no processo decisório internacional é mais do que uma necessidade; é um imperativo. Neste fórum, discutimos temas que estão no centro das agendas de cooperação internacional. Queríamos ouvir ideias, preocupações e, sobretudo, propostas para enfrentar esses desafios. Acima de tudo, este fórum é também uma oportunidade para fortalecer a participação política dos jovens”, declarou o deputado Vinicius Cozzolino (União), coordenador da Frente da Alerj.

A mesa de abertura contou com a participação de autoridades, dentre elas o presidente do Y20, Marcus Barão. Ele afirmou que o desafio é levar os temas debatidos nos fóruns que vêm acontecendo Brasil afora para os líderes mundiais da cúpula do G20. “Nosso desafio é influenciar os líderes porque eles amplificam essas temáticas e esses compromissos em outras instituições de todo o mundo”, comentou.

O deputado federal Daniel Soranz (PSD), que voltará a se licenciar como parlamentar para retornar à Secretaria de Saúde da capital, disse que o Y20 é uma oportunidade única de troca de ideias e experiências entre jovens de todo o mundo: “Se nossas próximas gerações estiverem cada vez mais engajadas politicamente, o Brasil com certeza vai ser um país cada vez melhor”.

Já o vereador da capital Alexandre Isquierdo (União), que retomará a função de secretário de estado de Juventude e Envelhecimento Saudável, após breve volta à Câmara, destacou o fortalecimento de políticas para a juventude no Rio de Janeiro. “Nesse período à frente da secretaria, já reativamos quatro Centros Regionais da Juventude. Até o fim do ano, todos eles serão reativados. A política para a juventude tem avançado”, disse.

Combate à fome, pobreza e desigualdade

O primeiro painel do dia se debruçou sobre a temática da fome, pobreza e desigualdade social. Leonardo Medeiros, fundador da organização Realiza.vc, destacou a importância do 3º setor para articular políticas de empregabilidade com o Estado e o setor privado. Ele pontuou ainda a importância da manutenção dos estagiários no mercado de trabalho, combatendo o “turismo nas vagas de aprendiz”. “Precisamos de um plano nacional de inclusão produtiva”, comentou Medeiros.

Já Johari Silva destacou as iniciativas da organização Ação da Cidadania , criada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e pontuou a necessidade de ações que garantam a participação da juventude mais pobre nas decisões políticas a partir da garantia de direitos básicos.

“Não existe apenas uma fome de comida, mas uma fome de educação, de segurança, de cultura e lazer, sobrecarregando os jovens desde muito cedo. Como se engajar politicamente se o jovem começa logo cedo a trabalhar para poder contribuir com a sobrevivência da sua família?”, questionou. “Para mudar o panorama da pobreza, a gente precisa acessar as políticas públicas”, completou.

Mudanças climáticas

O segundo tema debatido foram as mudanças climáticas, a transição energética e o desenvolvimento sustentável. A Subsecretária de Estado de Mudanças Climáticas e Conservação da Biodiversidade, Marie Ikemoto, destacou que a crise não é mais um assunto do futuro, mas do presente, exemplificando com as enchentes no Rio Grande do Sul.

Além de destacar ações em curso e planejadas pelo Governo do Estado, como os planos de descarbonização e de transição energética, a subsecretária ainda destacou que o Conselho Estadual de Mudanças Climáticas vai contar com um assento destinado a um representante da juventude. “Isso reflete um movimento global de engajamento da juventude com a temática do meio ambiente. A juventude precisa participar das decisões”, complementou.

O evento contou com contribuições dos jovens que assistiam aos debates. Victor Meireles, da Associação Raízes, destacou a necessidade de ações de educação ambiental. “Além dos impactos causados pelas empresas, precisamos refletir sobre as nossas ações, dos nossos amigos, familiares e vizinhos”, ponderou.

Inclusão e diversidade

O terceiro painel teve como foco a inclusão e a diversidade. A deputada Dani Balbi (PCdoB) abordou a necessidade de políticas públicas que promovam, desde a infância, o respeito às diferenças e a inclusão de todos os cidadãos.

“Os processos de exclusão começam muito cedo, quando algumas estruturas e entidades no seio familiar, mas também no âmbito da educação primária, excluem a expressão das diversidades, seja de raça ou gênero e orientação sexual”, explicou.

O deputado Cozzolino falou, ainda, sobre medidas parlamentares de sua autoria que promovem a inclusão de parcelas da sociedade marginalizadas ou inviabilizadas. Um dos destaques foi a aprovação em primeira discussão, nesta semana, do Projeto de Lei 733/23, que cria a Política Estadual de Qualificação Técnica para jovens em acolhimento, com o objetivo de garantir oportunidades de qualificação profissional e inserção destes jovens no mercado de trabalho

“Como deputado estadual, precisamos estar atentos e ouvindo as demandas da sociedade. As pessoas precisam e querem se sentir representadas na construção das políticas públicas”, comentou o parlamentar.

Futuro do mercado do trabalho e inovação

O último painel do fórum discutiu medidas inovadoras e o futuro do mercado de trabalho, contando com a participação do Bernard Caffe, fundador da Jovens Gênios. A iniciativa é focada na diminuição da defasagem de aprendizado através da “gameficação” e do uso da inteligência artificial. “A tecnologia é uma das ferramentas para a conclusão de políticas públicas eficientes”, declarou.

 

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