PUBLICAÇÕES

NOTÍCIAS
VOLTAR

FacebookTwitterWhatsappEmail

04.10.2017 - 17:09 Por André Coelho

NA VOLTA À ALERJ, PICCIANI DIZ SER CONTRA LIMITAR EXPOSIÇÕES DE ARTE

1/1
  • Por LG Soares
    Ordem do dia.
  • Por Thiago Lontra
    Colégio de Líderes
  • Por LG Soares
    Ordem do dia.

Presidente da Alerj retornou ao trabalho após três meses de licença para tratamento de câncer

Após seis meses de tratamento contra um câncer de bexiga, com a realização de duas cirurgias, e três meses afastado da presidência da Alerj, o deputado Jorge Picciani (PMDB) voltou a presidir a sessão de votação no legislativo nesta quarta-feira (04/10). O retorno acontece em meio a discussões de projetos de lei que buscam ampliar as receitas estaduais - uma exigência do Regime de Recuperação Fiscal assinado com a União. Para Picciani, o equilíbrio nas contas públicas poderá acontecer já em 2019.

Nesta entrevista, o presidente da Alerj fala ainda sobre a polêmica envolvendo exposições e intervenções artísticas que tratam de temas como orientação sexual e nudez. Picciani garante que não colocará em votação qualquer proposta que tenha por objetivo limitar a arte. "Tem que ter clareza na classificação indicativa, mas não cercear", explica.


Como será esse retorno?

O trabalho na presidência envolve a parte política, administrativa, e o plenário. Estarei presente em tempo integral, mas nem todo dia vou presidir as sessões. As coisas mais importantes do ponto de vista legislativo eu presidirei, quando a pauta for mais expressiva.


Sobre a crise do estado: a previsão é que haja um déficit em 2018 de R$ 10 bilhões. Quando o estado vai equilibrar essa conta?

A chave da recuperação está em duas vertentes. Primeiro é o RRF, que tira o peso da dívida que, se não paga em dia, bloqueia o caixa, desorganiza as finanças, paralisa o estado. Outra é a retomada da economia voltando a apontar um caminho de solidez e recuperação. Com isso o Estado deve chegar a um orçamento equilibrado em 2019. A redução do déficit deste ano para o próximo, de R$ 25 bilhões para R$ 10 bilhões, é muito significativa. Além disso devem haver novas receitas, se a concessão da distribuição de água da Cedae for bem feita. Defendo que a produção continue estatal, e a distribuição seja concedida em lotes, para universalizar a entrega e reduzir perdas.

Qual a sua posição sobre a polêmica envolvendo exposições que abordam nudez e orientação sexual?

Sou contra você cercear o direito de expressão do artista. O que deve ter é a especificação para que o público possa decidir se vai levar o filho ou não. Os dogmas devem ficar restritos aos templos. Sou católico, respeito todas as religiões. A religião discute essas questões dentro dos seus templos, mas não pode ter essa inibição. Pessoalmente posso até discordar de alguma das peças, mas isso não quer dizer que no Rio vamos impedir a livre manifestação do artista. Vi o prefeito Marcelo Crivella falar de forma irônica sobre isso, o que acho um grande equívoco.

 

FacebookTwitterWhatsappEmail