Reforma da Previdência, corte de 30% nas verbas das universidades e institutos federais, e privatizações de empresas estatais foram os principais temas discutidos nesta segunda-feira (06/05) no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em debate promovido pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara Federal e mediado pelo deputado federal Paulo Ramos (PDT), que é membro titular da comissão. Segundo o parlamentar, essas propostas não atendem aos brasileiros.

“É preciso que os setores organizados da sociedade, os trabalhadores e servidores públicos pressionem os parlamentares, deputados e senadores. Essa reforma não interessa ao país. E nós não podemos aceitar as privatizações. Aquilo que ainda resta afirmando a soberania nacional querem entregar. E o corte de verbas das universidades é outro crime. Como cortar verbas das faculdades que são as melhores do país?”, questionou Paulo Ramos.

Presente ao debate, a deputada estadual Martha Rocha (PDT) criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro: “Embora esses temas estejam em discussão na Câmara dos Deputados, é impossível desconhecer a importância que eles têm para a vida dos brasileiros. Vemos que as decisões que estão sendo levadas hoje ao plenário da Câmara já foram todas rechaçadas pelo atual presidente. Esperamos que ele se lembre dos seus votos. Eu não quero acreditar que ele tenha votado simplesmente por ser, na época, contra o governo existente na perspectiva de uma campanha futura”, destacou a parlamentar, referindo-se ao posicionamento de Bolsonaro contrário à Reforma da Previdência quando era deputado federal.

O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Ronald Carvalhosa, também desaprova a reforma da Previdência e disse que a proposta é somente uma transferência de recursos do setor público para o privado: “Querem tirar a credibilidade da Previdência para forçar todo mundo a comprar plano de benefícios dos bancos”.

Participaram também do debate representantes de vários sindicatos e da juventude do PDT, o juiz João Damasceno (TJ/RJ), e o ex-ministro da justiça, Alexandre Dupeyrat.