CONTROLE DE ARMAS É DEFENDIDO EM REUNIÃO NA ALERJ COMO MEDIDA DE PROTEÇÃO AOS JOVENS
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Por Thiago LontraComissão Especial da Juventude
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Por Thiago LontraComissão Especial da Juventude
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Por Thiago LontraDani Monteiro (PSol)
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Por Thiago LontraComissão Especial da Juventude
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Por Thiago LontraDr. Rodrigo Azambuja, defensor publico
Outras medidas também foram abordadas como, por exemplo, intensificar o combate à evasão escolar
Maior controle de armas de fogo, combate à evasão escolar, estabelecimento de medidas socioeducativas que não se assimilem a prisões e criação de espaços culturais e educacionais em todo o território do Estado do Rio. Essas foram algumas das medidas levantadas por especialistas e organizações sociais para combater a violência contra os jovens. O tema foi debatido durante reunião da Comissão Especial da Juventude da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro realizada nesta segunda-feira (07/10).
A presidente da comissão, deputada Dani Monteiro (PSol), destacou que a violência não é problema exclusivo de segurança pública. "Atualmente, os jovens da periferia são os que mais sofrem com a violência. Nesses lugares, muitas vezes não há equipamentos culturais e nem atuação correta de instituições públicas. Também é necessário saúde, educação, cultura e saneamento básico, por exemplo, para combater a violência", afirmou a parlamentar.
O defensor público Rodrigo Azambuja, que é da Coordenação da Infância e da Juventude, afirmou que uma das medidas mais importantes para combater a violência é restringir a circulação de armas de fogo. "É necessário evitar legislações que desnaturem o estatuto do desarmamento, que evitou o crescimento de 12% das taxas de homicídios no país. Outra medida é coibir a evasão escolar, já que muitos dos jovens que são mortos estão fora das escolas. Além disso, as medidas socioeducativas têm que ser eficazes. Não pode simplesmente restringir a liberdade desses adolescentes, colocando-os em lugares que se assimilam a prisões", explicou o defensor.
Jovens de periferia
Dados apresentados durante a reunião demonstram que os jovens negros de periferia são os que mais sofrem com a falta de segurança pública no Estado do Rio. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2017, entre os jovens de 15 a 19 anos do Estado houve uma taxa de 50 homicídios por 100 mil habitantes entre os brancos e 160 por 100 mil habitantes entre os negros. Já na faixa etária de 20 a 24 anos, o índice entre os brancos é de 60 mortes violentas por 100 mil habitantes e entre os negros chega a 240 por 100 mil habitantes.
"Os números mostram claramente que há um racismo estrutural em nossa sociedade que precisa ser combatido. O índice entre os jovens brancos já é assustador. Mas a morte de jovens negros está entre as piores estatísticas do mundo", disse Salvino Oliveira, que é pesquisador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania.
Próximos passos
Esta reunião foi a segunda discussão temática na Comissão da Juventude. Na semana passada, já havia tido a roda de conversa sobre trabalho na juventude. Nas próximas semanas ainda serão realizados mais três encontros sobre os seguintes temas: cultura, educação e saúde.
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