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01.06.2020 - 14:02 Por Nívea Souza

FÓRUM DA ALERJ DEBATE INVESTIMENTOS EM PESQUISA PARA AUXILIAR NAS DIRETRIZES ECONÔMICAS DO ESTADO

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    Mauro Osório está à frente da recém-criada Assessoria Fiscal da Alerj
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    Deputado Estadual Luiz Paulo (PSDB).
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    Mauro Oddo, pesquisador do Ipea.

Apoio e fortalecimento de órgãos de pesquisa do estado para medição contínua do trabalho informal e da economia subterrânea - termo usado para descrever venda clandestina e ilegal de bens, produtos ou serviços. Esse foi o tema central abordado durante o 13º Painel de avaliação dos impactos do novo coronavírus no estado, realizado nesta segunda-feira (01/06), pelo Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Ri, órgão vinculado à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

"O nível de pesquisa no Rio de Janeiro é precário e menor do que em outros estados da Região Sudeste ", disse Mauro Osório, que está à frente da Assessoria Fiscal da Alerj. Ele acrescentou que o investimento em pesquisa não custa caro e determina diretrizes no setor econômico. "É necessário fortalecer institutos de pesquisa como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e a Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) para as análises mais regionais. A pesquisa pode trazer resultados benéficos para a receita no estado. Senão, ficamos no achismo", comentou Osório.

O deputado Luiz Paulo (PSDB) propôs uma medição constante sobre a economia subterrânea para o conhecimento desse setor. "O tamanho dessa economia deve ser medido constantemente, temos ainda que pensar em formalizar mais esse tipo de economia, que também consome e paga impostos como o ICMS. A fundação Ceperj tem que ser fortalecida para produzir dados sobre o estado. Seria nosso mini IBGE”, enfatizou o parlamentar.

Já o presidente da Comissão de Economia da Casa, deputado Renan Ferreirinha (PSB), reforçou que o cadastro desses trabalhadores é importante para não deixá-los vulneráveis. “Sem inserção no âmbito social essas pessoas ficam invisíveis por não estarem cadastradas. Precisamos torná-los visíveis”, defendeu.

Informalidade

Durante a reunião, o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Mauro Oddo, observou que, segundo a PNAD do primeiro trimestre deste ano, há 40,7 milhões de trabalhadores informais no país. "A informalidade é invisível para o estado. O informal está fora do sistema regulatório e não tem proteção social", disse. Ele ainda reiterou que não há pesquisas sobre economia informal no país desde 2003: "Não temos dados sobre economia informal. O IBGE divulgou uma pesquisa em 1997 e outra, em 2003".

A secretária-geral do Fórum da Alerj, Geiza Rocha, afirmou que o mais importante nesse momento delicado é dar apoio aos trabalhadores informais. "A informalidade é um desafio porque exige a reflexão de políticas específicas para trazer à luz esses trabalhadores informais. Temos que promover mais encontros para reunir pesquisadores, empresários e trabalhadores para debater essa temática", concluiu.

 

 

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