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03.09.2020 - 15:43 Por Marco Stivanelli

FÓRUM DA ALERJ: TECNOLOGIA É ESSENCIAL PARA RETOMADA NO MERCADO DAS FLORES

  • Por Reprodução EBC

O uso de tecnologia será fundamental para a recuperação e o desenvolvimento do setor de floricultura no estado do Rio no pós-pandemia. A qualificação para atuar no mundo digital foi uma das saídas apontadas por produtores e pesquisadores do segmento agrícola, no debate promovido pela Câmara de Desenvolvimento Sustentável. O encontro ocorreu na manhã desta quinta-feira (03/09), com transmissão pelo canal do Youtube do Fórum de Desenvolvimento Estratégico da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

 

Em 2019, o setor de floricultura gerou cerca de R$ 200 milhões, pondo o estado em segundo lugar no ranking de produtores do país. A interrupção das atividades provocadas pela pandemia do coronavírus, porém, trouxe impactos tanto no plantio, quanto no comércio de flores e plantas ornamentais.

 

"Foi uma situação muito crítica. Nós víamos produtos estragando. As pessoas indo aos mercados e não podendo vender, e o que conseguia era muito pouco. Um grande setor que adquire flores é o das funerárias, que abarca cerca de 5 a10% das vendas. Mas esse também teve impacto, porque não é comportada a utilização de flores nesses enterros.” explicou Martinho Belo, técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER-RJ) de Nova Friburgo, na Região Serrana.

 

O presidente da Associação dos Agricultores Familiares e Amigos da Comunidade de Vargem Alta (AFLORALTA), Amaury Verly, os produtores continuam investindo, ainda que com prejuízo momentâneo e sem previsão de retorno: "Estamos apostando numa melhora". Não tendo mais lucro, mas cobrindo as despesas você vai levando. Agora, não cobrindo as despesas é um desânimo para o produtor”, afirmou Verly.

 

Secretária-geral do Fórum da Alerj, Geiza Rocha relembrou que, em outro momento onde o setor também passou por uma forte crise, o investimento estatal foi uma peça fundamental para alavancar e fomentar novamente o processo produtivo.

 

A pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)/Agrobiologia/NPTA, Adriana Aquino, destaca a importância dos agricultores se adaptarem ao mundo digital, mas reitera a falta de estrutura e capacitação para isso: "Agora o mundo é digital. Por isso, os agricultores precisam se abrir para a inovação. Nesse ponto, seria importante políticas públicas voltadas à levar Internet a esses produtores,” afirmou a pesquisadora.

 

A especialista em Transferência de Tecnologia da Embrapa Solos, Cláudia Delaia, diz que, para fomentar novamente desenvolvimento do setor, será preciso reforçar a capacitação dos agricultores, melhorar o acesso aos dados e informações do mercado nacional, melhorar conectividade das regiões produtoras e democratizar a tecnologia. "Para pensar na retomada precisamos fomentar a inclusão digital de produtores e familiares, além de viabilizar e buscar tecnologias que possam maximizar as produções. Sem o uso da tecnologia será muito difícil." conclui a analista.

 

Você pode conferir o encontro na íntegra acessando o link.

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