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11.04.2024 - 17:54 Por Gustavo Natario e Leon Continentino

HOSPITAIS NÃO PODERÃO CONTRATAR MÉDICOS GENERALISTAS EM CARGOS RESERVADOS A ESPECIALISTAS

  • Por Octacílio Barbosa

Unidades de saúde e hospitais públicos no Estado do Rio não poderão contratar médico generalista ou residente médico como médico especialista. A determinação é do Projeto de Lei 1.469/23, de autoria do deputado Rodrigo Amorim (PTB), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta quinta-feira (11/04), em segunda discussão. A medida segue para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-la ou vetá-la.

O médico generalista é aquele que não tem especialização em determinada área médica. Já os médicos residentes são aqueles admitidos em programa de residência, na modalidade de ensino de pós-graduação, mas que ainda não concluíram a especialização.

A proposta determina que os editais de contratação de médicos deverão requerer a titulação específica, em caso de contratação de médico especialista, como cardiologistas e ortopedistas.

A proposta também proíbe que médicos generalistas ou residentes se identifiquem como o médico especialista da área, objetivando assim a clareza e transparência na prestação do serviço público.

Em caso de denúncia, em que médico generalista ou residente se apresenta como especialista sem o devido Registro de Qualificação de Especialidade (RQE), o mesmo estará sujeito a processo ético-profissional perante o conselho, sem prejuízo de outras medidas administrativas e criminais.

Rodrigo Amorim batizou a norma de Lei Moreno Moura, criança de 2 anos e 8 meses, que faleceu por insuficiência respiratória na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, em março deste ano. A família acusa a equipe de pediatria da unidade por negligência médica.

“Para obter o RQE, é necessário que o médico seja aprovado em uma residência médica reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) ou por uma prova de título de especialista. O RQE é uma garantia de que o profissional de saúde tem o conhecimento necessário e as habilidades específicas para atuar em uma determinada especialidade médicas. Para os pacientes em especial, a importância do RQE médico está na garantia de que estão sendo atendidos por um profissional capacitado e qualificado para a sua condição de saúde”, declarou Amorim.

Já representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e as direções das unidades de saúde ou hospitais poderão responder administrativa, cível e penalmente pelos danos causados à população. O descumprimento também poderá implicar em redução proporcional dos repasses do Governo do Estado à prefeitura municipal em que se localiza a unidade de saúde.

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